Mato Grosso do Sul é o segundo estado brasileiro com maior incidência de casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) por covid-19, notificados até a quinta semana epidemiológica pelo Ministério da Saúde, atrás apenas do Amazonas.
Conforme boletim epidemiológico federal, o Estado registrou 1.038 casos e 215 mortes por SRAG associada a covid-19. Comparando ao total de habitantes, há uma incidência de 36,95 casos e 7,65 óbitos por 100 mil habitantes. Já o estado no norte do País teve taxa muito superior, de 101,9 casos e 52,93 vítimas fatais.
Apenas no quesito de mortalidade – quantas mortes em relação ao total de população de um local – Mato Grosso do Sul também ficou atrás de Roraima (14,26) e Rondônia (7,9) (veja os dados no final da matéria).
O que é a SRAG? A SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) é uma “condição clinica” – um conjunto de sintomas e sinais – que pode ser causada por diversos tipos de vírus, bactérias, dentre outros. Alguns dos sintomas são febre, tosse seca, dor de cabeça, dores musculares e o mais grave: dificuldade para respirar.
A covid-19, doença causada pelo coronavírus, é um dos fatores que pode levar o paciente a apresentar SRAG. Além dela, o vírus influenza, causador da gripe homônima, também pode entrar no organismo do indivíduo, que, caso tenha complicações, pode vir a apresentar esse quadro clínico.
Alta nos casos – Por meio de nota, a SES (Secretaria Estadual de Saúde) justifica que o número elevado de notificações de SRAG se dá pela “eficácia do trabalho realizado pela equipe da Coordenadoria Estadual de Vigilância Epidemiológica [Ceve] em relação às notificações, que acontecem praticamente em tempo real”.
Conforme a pasta, as informações dos pacientes que apresentarem esse quadro clínico são notificadas e inseridas no sistema de informação do Ministério da Saúde em menos de 24 horas, todos os dias. “Por ser diário que a equipe se empenha tanto na atualização dos dados no Sistema, sendo feito o acompanhamento das internações por SRAG pelo sistema oficial. Esses fatores faz com que os nossos números estejam altos em comparação com outros estados que não fazem a atualização diária”.
As equipes dos municípios são treinados para que o paciente apresentando os sintomas conforme os critérios do Ministério da Saúde, já é feita a notificação e com isso o preenchimento da ficha no sistema oficial do Ministério da Saúde”.
Para reportagem, a médica infectologista Mariana Croda também pontua: “como depende de notificação hospitalar, e isso tem uma aprovação da SES para se tornar um dado nacional, Mato Grosso do Sul tem se destacado nessa agilidade”, diz.
Por fim, a SES informa que todos as pessoas que apresentam SRAG são testadas para coronavírus, e caso dê negativo, são testadas para influenza e painel viral, de forma a ter um diagnóstico mais preciso.
Dados – Conforme dados divulgados pelo Ministério da Saúde, veja abaixo a relação completa de casos de SRAG nas unidades da federação, ordenados da maior incidência para a menor.
Casos são quantos pacientes tiveram o conjunto de sintomas, óbitos são a quantidade de vítimas fatais dessa condição, incidência é o total de casos em relação ao total de habitantes de cada estado, e mortalidade é o total de óbitos em relação aos habitantes.
Fonte:CGN