O setor de eventos foi sem dúvida o que mais sofreu e está sofrendo nesta pandemia em todo o país. No Mato Grosso do Sul, afetou 98% dos trabalhos dos empresários que trazem eventos como shows, peças de teatro, realizam casamentos, formaturas e até mesmo festas de aniversários. E como poderia minimizar os impactos nesse setor?
Uma atuação conjunta das entidades de apoio do setor de negócios e eventos teria que ser feito de imediato pelos governos municipal, estadual e federal, elaborando projetos e políticas assertivas.
Mas o que ocorreu?
Simplesmente foram proibidos todos os eventos sem sequer ter um plano para esse pessoal que sempre trabalhou, pagou seus impostos e empregou milhares de trabalhadores em inúmeros setores. Os empresários estão inoperantes desde o início de abril – ou seja – são praticamente 10 meses parados. Liberar um percentual baixo para eventos, só fez “beliscar” o grande prejuízo. Fala-se em não aglomeração, mas libera-se cultos com mais de seis mil pessoas para inauguração de “nova sede” de igreja, que aliás, o local era de eventos culturais em Campo Grande (MS).
Se é para ter cuidado para a não propagação da doença, por que a liberação para esse pessoal? Não dá para entender.
A Cultura é extremamente importante no Brasil sim, mas parece que isso pouco importa.
Para se ter uma ideia, ela é responsável por 4,32% do PIB e com uma movimentação de R$ 1 trilhão, realiza mais de 600 mil empreendimentos por todo ano.
A Abrape (Associação Brasileira dos Promotores de Evento), informou que cerca de 400 mil eventos foram cancelados, a estimativa é de que R$ 1 milhão de trabalhadores do setor está desempregado.
Ainda sim, essa realidade não foi suficiente para considerar o setor como um dos mais afetados pela pandemia da Covid-19. A Lei Aldir Blanc, porém não ajudou praticamente em nada esse pessoal. Os próprios artistas ficaram à mingua por vários meses e outros nem receberam devido à burocracia imposta (pra variar). Os empresários ficaram de mãos abanando.
Com a vacina, todos sabem que o retorno será gradual e com todos os protocolos de segurança, mas até lá como viver?
Alguma coisa deve ser feita para ajudar esses empresários (com urgência) para que pós-pandemia possam retornar com toda a força em seus empreendimentos! É só querer!
Fonte: Opinião, por Alex Fraga