A justiça condenou o pintor Bruno Rocha a 14 anos de prisão em regime fechado pela morte do major da reserva do Exército Paulo Settervall, de 57 anos, no dia 14 de abril de 2019, em Bonito. O réu foi a júri popular nesta sexta-feira (11), no município turístico.
A viúva de Paulo foi até a cidade na tarde de ontem para acompanhar o caso. Ao lado do advogado da família, ela o ouviu dizer a sentença bastante emocionada. “A justiça foi feita e a população de bonito pode se livrar desta pecha que fiocu com a morte bizarra e absurda do major Settervall”, disse o advogado José Roberto da Rosa.
O crime – Major Paulo estava em frente ao hotel fumando um cigarro, quando Bruno, que seguia em uma bicicleta, o encontrou e alegou ter pedido um cigarro e se ofendido pelo fato do major ter lhe negado.
Em seguida, Bruno terminou de descer a rua, deixou a bicicleta e voltou sem ser percebido atacando com uma faca o major pelas costas, “de maneira sorrateira e insidiosa”, de acordo com denúncia.
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Bruno Rocha, acusado de matar o major da reserva (Arquivo) -
Major da reserva do Exército Paulo Settervall, de 57 anos, morto no dia 14 de abril de 2019, em Bonito (MS) (Foto: Arquivo/Reprodução)
Cerca de 30 horas após o crime, Bruno foi preso e confessou. Ele segue em regime fechado desde então, aguardando o julgamento por homicídio qualificado, por motivo torpe e uso de meio que dificultou a defesa da vítima.
No decorrer do processo, o acusado foi diagnosticado com síndrome de dependência em grau moderado, de álcool e drogas, depois de ser submetido a exame de sanidade mental, solicitado pela defesa.
O perito responsável pelo laudo psiquiátrico, identificou em Bruno capacidade plena de entender o “caráter ilícito do fato” e atestou que ele estava com a autodeterminação diminuída, “mas não abolida”, no momento em que cometeu o crime.
Major Paulo era professor de matemática e trabalhou ativamente no Colégio Militar de Campo Grande, entre 1997 a 2010, onde lecionava. Ele e Elaine tiveram um filho que completou 15 anos no último domingo (6) e, assim como a mãe, faz acompanhamento psicológico para lidar com a morte do pai.
Fonte:Diariodigital