Turismo Responsável, Limpo e Seguro. É o lema do selo lançado em junho pelo Ministério do Turismo para incentivar o cumprimento de medidas de prevenção ao novo coronavírus (Covid-19) e reconhecer estabelecimentos turísticos que cumprem os protocolos de higiene e segurança para evitar o contágio da doença.
A cada dois ou três meses o Ministério do Turismo divulga um balanço oficial das adesões ao selo em todo o Brasil, e os números de novembro, divulgados esta semana, muito próximos do balanço de agosto, mostram uma certa despreocupação dos empresários do setor em Mato Grosso do Sul. Não se sabe se com a importância da certificação ou em relação ao coronavírus.
No balanço de agosto Mato Grosso do Sul tinha 208 selos, e na totalização divulgada na última quinta-feira, 3, o estado aparece com 233 selos solicitados, 25 selos a mais em três meses. O município de Bonito, nosso principal destino de ecoturismo, que tem 80% da sua economia baseada no turismo, por exemplo, saltou de 71 para 79 selos.
No mesmo período, o vizinho Mato Grosso, que estava em segundo lugar no Centro-Oeste, saltou de 192 para 445 selos nacionais. Mato Grosso do Sul, que era o primeiro colocado na região, agora é o lanterna. A liderança é do Distrito Federal, que saltou de 254 para 1.119 selos, seguido por Goiás, 802, contra 306 em agosto.
O diretor-presidente da Fundação Estadual de Turismo (Fundtur) e presidente do Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo (Fornatur), Bruno Wendling, disse que o fato de Mato Grosso do Sul apresentar um aumento de apenas 25 adesões no período tem a ver com a emissão de selos locais.
“Só em Bonito são mais de 600 empresas com a certificação local, que foi um trabalho muito bem feito pelo Sesi e Sebrae, e muitas vezes, porque já tem o selo local o empresário acaba sem interesse pelo selo nacional”, disse Bruno Wendling.
Segundo ele, a baixa adesão não preocupa muito porque os empreendimentos nos principais destinos turísticos em Mato Grosso do Sul estão trabalhando com muito rigor desde antes da implantação do selo do Ministério do Turismo, mas a partir desta nova atualização de adesões do selo “Turismo Responsável, Limpo e Seguro” a Fundtur reforçará a importância de aderir ao selo nacional.
“Sem dúvida o selo nacional permite uma visibilidade muito maior dos destinos turísticos. Penso que é uma questão de sensibilização dos empresários de turismo para o aumento da adesão ao selo nacional”, destacou.
A certificação está disponível para meios de hospedagem, parques temáticos, restaurantes, cafeterias, bares, centros de convenções, feiras, exposições, guias de turismo, dentre outros. Cada segmento possui um protocolo sanitário específico, elaborado em parceria com empresas e instituições ligadas ao setor a partir de diretrizes internacionais com validação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Os segmentos com maior número de solicitações do selo são: agências de turismo, meios de hospedagem, guias de turismo, transportadoras turísticas e restaurantes, cafeterias, bares e similares.
Dos 79 municípios sul-mato-grossenses, 24 apresentam empresas de turismo que aderiram à certificação do Ministério do Turismo. Veja abaixo a lista completa:
Bonito (79 selos),
Campo Grande (64),
Corumbá (17),
Dourados (15),
Miranda (12),
Jardim (12),
Aquidauana (7),
Nova Andradina (8),
Paranaíba (6),
Três Lagoas (4),
Aparecida do Taboado (3),
Ponta Porã (5),
Rio Verde (2),
Costa Rica (1)
Ribas do Rio Pardo (1)
Deodápolis (1)
Selvíria (1)
Dois Irmãos do Buriti (1)
Ladário (1)
Naviraí (1)
São Gabriel do Oeste (1)
Naviraí (1)
Corguinho (1)
Coronel Sapucaia (1).
COMO ADERIR AO SELO – Para solicitar o selo, o interessado precisa, primeiro, estar com a situação regular no Cadastur, que é o cadastro de prestadores de serviços turísticos. O cadastro é gratuito e pode ser feito VIA ONLINE.
Na sequência, é preciso acessar o site do SELO TURISMO RESPONSÁVEL, ler as orientações e declarar atender aos pré-requisitos determinados. Após estes passos, o interessado é encaminhado para uma área do site onde pode realizar o download do selo para impressão.
O selo deverá ser colado em local de fácil acesso ao cliente e conterá um QR Code pelo qual o turista poderá consultar as medidas adotadas por aquele empreendimento e/ou profissional. Além disso, possibilitará a realização de denúncias em caso de descumprimento, o que poderá resultar em revogação do selo.
Fonte:CGN