A prefeitura de Campo Grande deve publicar ainda nesta quarta-feira novo decreto retomando toque de recolher na Capital, de meia-noite às 5:00 h, a partir da próxima quinta-feira. A decisão foi anunciada depois de quase duas horas de conversa com representantes do comércio. Também serão feitas blitze educativas a partir de 1:00 h.
O toque de recolher chegou ao fim no dia 15 de outubro na Capital. Mas desde 16 de novembro a curva da covid voltou a crescer. “Estamos nos antecipando, porque daqui 15 dias esses jovens vão contaminar os tios, pais, avós, que são mais idosos”, explica o secretário de Saúde, José Mauro Filho.
Segundo a prefeitura, esse será o único decreto com nova medida restritiva em Campo Grande. A justificativa é de que ainda há mais de 50 leitos disponíveis para atender pacientes com covid-19 em Campo Grande. Mas a prefeitura garantiu que colocará o triplo de equipes nas ruas para fiscalizar a lotação dos comércios e cumprimento de medidas de biossegurança.
Na reunião desta quarta-feira, apenas representantes do comércio e da prefeitura participaram. Não havia nem Ministério Público, nem Defensoria, órgãos que anteriormente mostraram mobilização por medidas restritivas.
Mais cedo, ao entrar na reunião, o presidente da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas”, reforçou que o comércio é contra qualquer medida mais dura neste momento. “Estamos fazendo a tarefa de casa. Nós dependemos desse dezembro para recuperar a economia. Temos uma demanda reprimida após 9 meses de pandemia. A expectativa é de aumentar em 30% as vendas. Vamos atender com muita segurança e muita tranquilidade. Estamos tentando melhorar as normas de biossegurança”
Na manhã de hoje, durante live sobre a dengue, o secretário estadual de saúde, Geraldo Rezende, defendeu medidas urgentes na cidade. “Neste momento para José Mauro está em reunião com o prefeito para tomar decisões acerca desse crescimento de casos que o governador falou, esse crescimento vertiginoso, exponencial que faz com que a gente tenha que tomar medidas urgentes sob pena de daqui a pouco a gente ter um colapso na rede de assistência em Campo Grande”.
Fonte: CGN