Eterno violeiro e o Trindade, da novela Pantanal, Almir Sater falou com a reportagem nesta quinta-feira e lembrou da importância da novela, exibida originalmente em 1990, na extinta Rede Manchete. O músico se mostrou feliz com um futuro remake da trama pela TV Globo e torce para que as gravações sejam no Pantanal sul-mato-grossense.
Eu faria aqui, não por bairrismo, mas porque a região é muito bonita, se mostrou fotogênica naquela época e continua inteiramente bonita. Eu também faria aqui porque conheço bem a região do Rio Negro, é um lugar de personalidade. O cinema depende muito de luz, e nisso o Pantanal é generoso”.
Trinta anos depois, Almir curte o papel de músico e segue recluso em sua propriedade no Pantanal, ao lado da esposa, já que por conta da pandemia não é possível fazer shows. Mas desde que soube do remake da novela se diz feliz, e cheio de boas memórias.
“Tenho boas lembranças daquele ano [1990], estava todo mundo muito feliz, a novela mexia muito com a emoção das pessoas. E com o sucesso tudo é mais fácil, as pessoas encaravam mosquitos, dificuldades, erámos também atores jovens, mas não me esqueço da felicidade constante nos bastidores”.
Ele diz que não criou expectativas sobre a nova versão, mas está ansioso. “É um projeto ousado, vejo que as pessoas estão com muita vontade de fazer, muitos estão vindo ao Pantanal para conhecer após a notícia do remake. Sinto que o mundo mudou muito, mas o Pantanal mudou pouco. Vai ser interessante ver como eles vão recontar essa história”.
Sobre a possibilidade de Luan Santana interpretar Trindade na nova versão, conforme publicado recentemente pelas colunas sociais, o músico opina. “Ele é um bom menino, bonitão, que arrebenta, acho que vai ser legal. Talvez ele precise trabalhar um pouco mais a viola, mas ele vai se sair bem.”
Na música – Desde março e as recomendações de distanciamento social para reduzir o contágio do novo coronavírus, Almir vive uma rotina de reclusão no Pantanal, enquanto os filhos estão em sua propriedade na Serra da Cantareira. “Eu vivo um momento muito angustiante, não é fácil não poder fazer show”, desabafa.
O que alivia é a natureza como parceira nessa jornada de espera. “Ainda bem que eu tenho o Pantanal para me acolher”.
Ele diz que tem tocado pouco ultimamente e não tem nenhum lançamento previsto, mas, se até 2021 ainda for difícil subir no palco, o público pode esperar novidades. “A gente ainda não sabe como vai ser, está tudo muito no ar. Estou por aqui me policiando para tocar mais e, se por acaso não puder fazer show, vou me jogar na música e lançar um novo disco, já tenho material para isso”, revela.
Fonte:LadoB – CGN