O próximo alvo do governo de Mato Grosso do Sul é a privatização da MSGás (Companhia de Gás de Mato Grosso do Sul). A empresa que é controlada pelo Estado – que detém participação de 51% – obteve lucro de R$ 41 milhões no ano passado.
Conforme o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, os estudos de modelagem da privatização da companhia devem ficar pronto em novembro.
A contratação do consórcio responsável pelo estudo foi realizada em 2017. A previsão inicial era de que o leilão para privatização da MSGás ocorresse até o final de 2018. Entretanto, atraso na elaboração do documento mudou os planos. Há uma previsão feita pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) de que o leilão deve ocorrer no 3º trimestre de 2021.
Porém, o governo ainda aguarda o estudo, que irá indicar a venda ou a PPP (Parceria Público-Privada). “Se é a privatização, ou seja: a venda da MSGás, ou de uma parceria para investimentos em novos ramais de gasoduto”, explicou Verruck.
Ainda conforme o secretário, uma PPP (Parceria Público-Privada) poderia viabilizar o ramal de gasoduto de Campo Grande a Dourados, passando ainda por Sidrolândia, Maracaju e Itaporã.
O governo de Reinaldo Azambuja (PSDB) já concedeu à iniciativa privada a rodovia MS-306 – que liga Costa Rica a Cassilândia e as operações de esgoto da Sanesul (Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul), em leilão realizado na última sexta-feira (23).
Outros projetos
Estão em andamento outros projetos do governo de MS para continuar com o plano de privatizações. “Estamos finalizando o projeto da MS Digital que é a colocação de fibra ótica nos 79 municípios. É um programa que está desenhado. Nossa coordenadoria de PPP já terminou essa modelagem e está nos últimos acertos. A gente quer lançar esse projeto no próximo ano”, informou o secretário.
Mais recente, MS fez um Acordo de Cooperação Técnica com o BNDES para avaliar possíveis concessões dos parques estaduais Várzeas do Rio Ivinhema, Nascentes do Rio Taquari, Prosa e Parque das Nações Indígenas e a Gruta do Lago Azul, em Bonito.
“Em relação aos parques, o BNDES vai avaliar a atratividade, que tipo de uso que pode ser feito, quais as restrições. Então, ele faz um grande estudo para que possa avançar nessa estruturação”, pontua Verruck.
Concessões federais
Para o próximo ano está previsto um grande pacote de concessões à iniciativa privada. Entre eles o da Ferroeste, que contempla o ramal ferroviário que liga Cascavel, no interior do Paraná, ao município de Maracaju.
Por fim, outro projeto previsto para acontecer no ano que vem é a concessão do Aeroporto Internacional de Campo Grande, também por parte do governo federal, através da Infraero.
Fonte:MM