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Candidato do MDB renuncia e deixa campo aberto para reeleição tucana em Bodoquena

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Ex-prefeito de Bodoquena, Jun It Hada (MDB) desistiu de disputar o comando da cidade por mais quatro anos por vislumbrar que o pedido de impugnação, protocolado pelo MPE (Ministério Público Eleitoral), em ação classificada como urgente, seria aceito pelo TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral).

Em entrevista exclusiva ao Pantaneiro, ele afirmou que sua defesa entrou com recurso “apenas para ganhar tempo”, antes que a Justiça Eleitoral o considerasse inapto. “Antes que o juiz me impugnasse, preferi renunciar. Porque não tem como não impugnar”, admitiu à reportagem.

A decisão, segundo ele, ocorre apesar da “vantagem muito boa em relação ao adversário”, o atual prefeito Kazu Horii (PSDB), em pesquisas internas. “O advogado sempre me disse que eu estava elegível, porém, no último dia da defesa da impugnação, ele me disse que teria que trocar de candidato porque eu seria impugnado”, afirmou.

O pedido de desistência de Jun ainda não foi analisado pela 15ª Zona Eleitoral de Miranda, mas ele antecipou ao Pantaneiro que a correligionária Maria Girleide Rovari deve o substituir na chapa, ao lado de Geraldo Preto (PTB), pela coligação “Bodoquena acima de tudo”, formada por MDB, PTB e PSL.

“Indicamos a Girleide Rovari para me substituir. Ela foi minha chefe de gabinete por oito anos, secretária da Câmara Municipal por 2 anos. Uma pessoa de muita competência e carisma”, pontua. A emedebista já concorreu contra Kazu Horii, em 2016, quando perdeu a eleição para o tucano.

Pedido de Impugnação

O registro de candidatura de Jun It Hada (MDB), que disputa a Prefeitura de Bodoquena contra o atual prefeito Kazu Horii (PSDB), foi contestado pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), em ação classificada como “urgente” no TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral).

Pesa contra Jun, que é médico, condenação criminal por realização de duas perícias falsas. Numa delas, segundo lembra o MPE, atestou morte natural quando haveriam evidências de um provável homicídio. Na outra, atestou que um detento havia sofrido lesão corporal, mas em nova perícia, realizada no mesmo dia, não foram encontradas lesões.

Além da condenação criminal a dois anos de reclusão e 20 dias-multa, o ex-prefeito teve as contas rejeitadas pela Câmara Municipal de Bodoquena, referente ao exercício de 2013. Ambas situações tornariam o emedebista inelegível por oito anos, justifica o MPE ao pedir o indeferimento de sua candidatura.

A ação de impugnação de registro de candidatura é assinada pela promotora eleitoral Cinthia Giselle Gonçalves Latorraca, da 15ª Zona Eleitoral, de Bodoquena e Miranda.

“Das irregularidades apontadas e do inteiro teor das decisões listadas, observa-se que o impugnado, na qualidade de gestor, cometeu faltas graves e que, em tese, configuram ato doloso de improbidade administrativa”, cita a promotora, que completa “logo, verificada a rejeição das contas pelo TCE por fatos configuradores de ato doloso de improbidade administrativa e, ausente qualquer notícia de provimento judicial que tenha suspendido ou desconstituído as referidas decisões, há de ser reconhecida a inelegibilidade por 8 anos”.

Fonte: OPantaneiro

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