O valor doado será dividido em quatro áreas: 25 milhões de dólares serão depositados para a Community Development Financial Institutions (Desenvolvimento Comunitário de Instituições Financeiras, na tradução literal para o português), instituição voltada para promover apoio financeiro a locais menos desenvolvidos e bancos liderados por negros ou demais pessoas que integram grupos minoritários (como latinos, LGBTQI+ e mulheres).
Outros 25 milhões de dólares serão investidos no The Keepers Fund, um grupo de trade que tem representatividade de instituições financeiras comandadas por minorias, além de oferecer apoio a comunidades vulneráveis.
Mais 25 milhões de dólares serão doados para a instituição The Black Economic Development Fund, que financia instituições financeiras e negócios também liderados por negros.
Por fim, os 25 milhões de dólares restantes serão voltados para programas de justiça social.
Essa não é a primeira doação que Dorsey faz para apoiar a diversidade. Em agosto, ele doou 10 milhões de dólares para o centro antirracista da Universidade de Boston. E a doação acontece poucos dias depois de o Twitter ser acusado de ter algoritmos racistas.
Mas outras companhias também estão fazendo investimentos pra apoiar negócios liderados por minorias. O banco americano Citibank anunciou recentemente que ia investir 1 bilhão de dólares para ajudar a diminuir a diferença de riquezas entre raças nos Estados Unidos. A também americana Mastercard irá investir 500 milhões de dólares para promover a inclusão financeira de pessoas negras.
Em maio, o presidente da rede social Reddit, Alexis Ohanian, pediu demissão afirmando que queria um líder negro em seu lugar. O executivo é casado com Serena Williams, a tenista número 1 do mundo pela Associação Feminina de Tênis, com quem tem uma filha de 2 anos. Além disso, ele fez uma doação de 1 milhão de dólares para o fundo do atleta Colin Kaepernick.
No Brasil, a gigante do varejo Magazine Luiza anunciou um programa de trainee voltado somente para negros. A varejista quer recrutar universitários e recém-formados de todo o Brasil para aumentar a diversidades racial em cargos de liderança — sendo que 53% dos funcionários são pretos e pardos, mas apenas 16% deles ocupam cargos de liderança.
Fonte: Exame