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Maksoud Plaza entra com pedido de recuperação judicial na Justiça de São Paulo

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O Maksoud Plaza entrou ontem com pedido de recuperação judicial na Justiça de São Paulo. O pedido envolve dívidas da ordem de R$ 120 milhões, incluindo dívidas trabalhistas e demais credores. As dívidas tributárias, estimadas em R$ 400 milhões, ficaram foram do processo.

O pedido envolve o grupo Maksoud de hotéis, que inclui a HM Hotéis (Maksoud Plaza), a Hidroservice (holding) e suas controladas Manaus Hotéis e Turismo e HSBX Bauru Empreendimentos.

Quando o fundador do hotel, Henry Maksoud faleceu, em 2014, seu neto, que começou a trabalhar no hotel aos 15 anos de idade, na década de 1980, assumiu o comando do Maksoud Plaza.

Formado em Economia, Maksoud Neto contratou a consultoria Sonne para definir um plano estratégico para o hotel, implantou regras de governança corporativa, fez mudanças na oferta de serviços. Em 2019, o hotel faturou R$ 72,5 milhões, ante R$ 43 milhões em 2014. O hotel fechou 2019 com margem líquida de 4%, o primeiro ano no azul desde 2000. A taxa de ocupação média ficou em 62%, ante 46% em 2014.

A maior dívida do Maksoud Plaza é com a Ajinomoto e gira em torno de R$ 80 milhões. Em 2005, o grupo vendeu um terreno para a Ajinomoto. Três anos depois, em uma decisão da justiça, o mesmo terreno foi a leilão para pagar uma dívida trabalhista do grupo. A Ajinomoto entrou com ação na Justiça para reaver o valor do terreno.

Outra dívida, de R$ 7,4 milhões, refere-se a um processo movido pelo BMC, que foi adquirido pelo Bradesco em 2007. “Todas as dívidas são antigas. Não temos dívida bancária vencida”, afirmou Maksoud Neto.

A dívida mais recente, estimada em cerca de R$ 8 milhões, refere-se à dívida trabalhista gerada com demissões na semana passada. Esse valor também inclui 30 ações trabalhistas antigas do grupo.

Maksoud Neto disse que o pedido de recuperação judicial foi feito incluindo as empresas do grupo porque sua intenção é usar ativos das empresas para ajudar a pagar as dívidas. O patrimônio do grupo inclui um terreno de 7,7 mil metros quadrados no centro de Bauru (SP), que seria usado para a construção de um hotel e um shopping center, mas o Maksoud não teve recursos para isso.

Fonte: Valor Econômico

 

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