A prefeitura de Campo Grande acrescentou ontem (15) novas regras para a nova fase dos eventos, com maior flexibilização das medidas restritivas por causa da pandemia do novo coronavírus. Nesta fase mais branda, shows e apresentações em auditório poderão funcionar com restrições, como limite de lotação e distanciamento. O protocolo para realização, no entanto, ainda não contempla shows convencionais.
Em auditórios e locais onde há plateia é obrigatório “organizar o público nas poltronas de forma que seja mantida distância de no mínimo 1,5m (um metro e cinquenta centímetros) entre as pessoas em todas as direções”, diz o decreto.
Isso prova que shows convencionais, com público em pé, por exemplo, fica inviável, já que está vedada a realização de apresentações e espetáculos em que não seja possível manter o distanciamento social mínimo na plateia.
Mas é possível utilizar ambientes que proporcionem o respeito às medidas, como o ginásio Dom Bosco com uso de cadeiras para plateia ou o Ginásio Guanandizão ,
Para o produtor Valter Júnior Almeida, proprietário da empresa Santo Show, ainda que maioria de seus shows seja convencional, para ele as novas regras significam um recomeço. “Independente de qualquer coisa, um passo foi dado e a gente está começando a organizar algumas coisas. Logo vem novidade por aí.”
Quem também celebrou o retorno foi o produtor Pedro Silva, da Pedro Silva Promoções. “Este momento para nós é de muita alegria, pois os eventos em Campo Grande estão voltando aos poucos, assim como nosso trabalho e a recuperação de renda de tantos companheiros e colaboradores da nossa cidade que estava há seis meses sem poder trabalhar”, diz o produtor.
Ele ressalta que voltará em outubro com todas as medidas de biossegurança, capacidade reduzida, seguindo à risca as determinações dos órgãos de saúde. Pedro ainda anunciou, nova data para seus shows que estavam previstos desde o início do ano.
No dia 28 de novembro, haverá show do pastor Deive Leonardo, no Ginásio Dom Bosco. Já no dia 5 de dezembro, sobe ao palco a cantora Gal Costa, às 21 horas, no Palácio Popular da Cultura.
As demandas do setor, no entanto, contêm posições conflitantes com o que foi estabelecido pelas normas municipais, acredita o produtor cultural Bruno Damus, da Sparta Produções. “A limitação de público, mesmo que 50%, pode comprometer o evento. Se não tiver patrocinadores que componham a renda dificilmente a conta fecha”, afirma.
Apesar das dívidas e de só formatar um projeto para realização de eventos à distância, Bruno ainda prega cautela. “Em minha opinião, é muito cedo para voltar. Sou a favor do isolamento até vencermos 100% o vírus”, afirma.
A reportagem tentou entrar em contato com Dut’s Produções, empresa realizadora da Expogrande e diversos shows na Capital, mas não obtivemos contato até o fechamento desta reportagem.
Fonte:CGN-LadoB