Deflagrada hoje pela PF (Polícia Federal), a operação Status fez uma ação “limpa pátio” na JV Motors, concessionária de veículos localizada na Avenida Salgado Filho, em Campo Grande.
Na internet, a garagem anuncia estoque de 22 veículos, com valores de R$ 17.400 a R$ 249 mil. Os policiais já levaram nove veículos e outros oito carros também serão levados, totalizando 17.
Já deixaram a concessionária um comboio formado por veículos como Uno, Jeep Renegade, Dodge Journey (vendido a R$ 94.500), Pálio, Ford Ka, Citroen C3, Arrizo, Golf GTi, além de uma motocicleta, que foi conduzida por policial sem capacete.
Conforme consulta à Receita Federal, a empresa foi aberta em 2018, tem dois sócios e capital social de R$ 300 mil. Também na página na internet, a JV informa que tem como proprietário um ex-operador de crédito, que atuou por mas de 20 anos com financeiras.
No Facebook, um dos donos da garagem comemora vendas, como a do sétimo carro vendido para um mesmo cliente. A reportagem não conseguiu contato com representante da empresa.
De acordo com a PF, as investigações apontam uma organização criminosa altamente especializada no tráfico de drogas e na “lavagem” do dinheiro obtido ilicitamente. Dessa forma, a família, que liderava a organização, usufruía de veículos, lanchas, motos aquáticas, fazendas no Mato Grosso, e até de um “resort” particular, situado às margens de um famoso lago no município de Chapada dos Guimarães (MT).
No Facebook, empresário comemora vendas de garagem de carros. (Foto: Reprodução)
Relatórios da unidade de inteligência fiscal da Receita Federal detectaram inconsistências fiscais dos investigados, além de bens móveis e imóveis registrados em nome dos investigados e de “laranjas”, pessoas que emprestam nome para ocultar valores de origem ilícita.
A 5ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande decretou a prisão preventiva de 8 investigados e a busca e apreensão em 48 endereços. A estrutura, especializada na lavagem de grandes volumes de valores ilícitos, também contava com uma rede de doleiros sediados no Paraguai, com operadores em cidades brasileiras como Curitiba, Londrina, São Paulo e Rio de Janeiro.
Fonte:CGN