Começou na manhã desta terça-feira (8) a instalação do projeto piloto de armadilhas com inseticida para combater o mosquito Aedes aegypti, em Campo Grande. Serão 40 pontos na região central durante três meses.
De acordo com Lourival Pereira de Araujo, chefe de entomologia da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), ao todo Campo Grande tem 1,4 mil armadilhas contra contra o Aedes instaladas em cinco regiões, e a novidade agora é o inseticida que está sendo testado na região central.
“A armadilha usada é a mesma utilizada para identificar a infestação pelo mosquito, mas agora estamos usando o inseticida na borda do pote e da palheta para que a fêmea fique impregnada com o veneno e leve para o local de origem impedindo a proliferação do mosquito”, disse.
O mecanismo já vem sendo usado desde o ano passado para ajudar na identificação dos índices de contágio e proliferação da região. A armadilha é colocada a cada 300 metros e é conferida semanalmente.
“Isso ajuda a equipe a realizar os trabalhos de força-tarefa de forma eficaz. Conseguimos identificar o índice de contágio dos bairros e então entrar com o trabalho das equipes. A armadilha é 100% eficaz, mas o que resolve mesmo é a população fazer sua parte e manter os terrenos limpos”, destacou Lourival.
Conforme explicou a gerente técnica da entomologia da Sesau Lidiane de Souza, a abordagem nas residências é rápida e bem aceita.
“Nós explicamos para o morador sobre o projeto e fazemos a instalação. Depois semanalmente vamos às casas para trocar as palhetas. Se houve um aumento considerável na região, nós entramos com a força-tarefa”, disse.
O projeto terá duração de três meses em 40 residências na região central sendo estendido por todo o município a partir do ano que vem. Na manhã de hoje a equipe esteve na residência da professora aposentada Meire Eneas dos Santos, 68 anos, na Rua Brilhante.
Para ela, que mora há 23 anos no local, a instalação da armadilha é por uma boa causa. “Eu e minha mãe já tivemos dengue duas vezes. Meu marido e minha filha também tiveram. Já tenho a armadilha já três meses, hoje colocaram a letal. É importante porque ajuda a proteger o bairro e a região”, contou.
Fonte:CGN