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Morre o artista plástico e designer gráfico Heron Zanatta

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O artista plástico e designer gráfico Heron Zanatta morreu na última segunda-feira (31) devido a uma parada cardíaca. O enterro será nesta quarta-feira (2), às 16h, no cemitério da Paz, na BR-060, saída para Sidrolândia. Não haverá a realização de velório por dois motivos, devido à pandemia do novo coronavírus e porque o próprio Heron não gostava.

Maria Adélia Menegazzo, crítica de arte descreveu dessa maneira a obra de Heron Zanatta: “Heron Zanatta introduz uma variação, onde desenho e pintura são complementares. Em alguns trabalhos, podemos observar o ponto de partida no storyboard, um quase-quadrinho, onde o desenho fica livre de acabamento, é fragmentado em “takes” coloridos, indica movimentos e traduz uma narrativa. Mas qual narrativa? Na verdade, não importa o sentido, mas o percurso traçado como um quebra-cabeça. Isolados, novos planos se impõem, com um único elemento (ou parte dele) ocupando toda a tela.”

Conheça um pouco sobre Heron Zanatta:
Os artistas plásticos, Carlos Nunes, Edson Castro e Heron Zanatta (à direita), durante a exposição Conexões criativas/Foto: A Crítica

Em 2019, três talentos das artes visuais de Mato Grosso do Sul: Carlos Nunes, Edson Castro e Heron Zanatta realizaram a exposição “Conexões Criativas”. Os artistas iniciaram suas carreiras na década de 1980 e ajudaram a constituir importantes capítulos de nossa breve história da arte. Os amigos Carlos, Edson e Heron representam também a trindade da diversidade brasileira: um branco, um negro e um indígena. Os três mestiços têm uma criação sem amarras e unem diferentes linguagens e técnicas, criando artes híbridas com grafismos, colagens, fotografia e arte digital, desenho e pintura e, acima de tudo, com formas e conteúdo que fazem jus à boa arte contemporânea brasileira.

Outra participação de Heron Zanatta foi com o projeto Arte & Cores no Paço. As obras expostas estavam ligadas ao cinema e retrataram cenas marcantes de filmes de Hitchcock, Win Wenders, Glauber Rocha entre outros, além de um clipe do rapper americano Eminem e até jogadas que ficaram famosas, executadas por Pelé.

Os “quadros/quadrinhos” como Heron costuma chamar suas obras, começaram a surgir em 1985 por causa de sua paixão pelo cinema e, por isto, foram retratadas com a técnica digital. “A técnica digital é realizada com uma caneta pincel e depois impressa em tela de tecido. O resultado é bem bacana e atrativo”, explicou o artista. Na abertura da exposição, Zanatta agradeceu a oportunidade de poder deixar as obras à mostra em um espaço visitado por na época por várias pessoas.

Fonte: PE

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