Os trabalhadores dos Correios de Mato Grosso do sul decidiram aderir ao movimento nacional e aderir a uma greve por tempo indeterminado. A categoria alega a retirada de direitos que já haviam sido garantidos e afirma que os funcionários continuarão em greve até que a estatal dê uma resposta sobre o acordo coletivo de trabalho. Além disso, trabalhadores afirmam que não há medidas para proteger os funcionários durante a pandemia.
A presidente do Sintect-MS (Sindicato de Trabalhadores nos Correios, Telégrafos e similares de Mato Grosso do Sul), Elaine Regina de Souza Oliveira afirma que há agências no interior e na Capital que já estão em greve. Ela ressalta que a greve não pede um reajuste salarial, mas pede que os direitos sejam mantidos e que o acordo coletivo de trabalho continue em vigência pelo menos durante a pandemia.
Segundo informações, trabalhadores foram surpreendidos no início deste mês, com a revogação do atual acordo coletivo, que estaria em vigência até 2021. A presidente do sindicato explica que os trabalhadores não ganharam reajuste salarial neste ano e concordaram com a situação, mas não aceitam a retirada de direitos conquistados ao longo de anos.
Na noite de segunda-feira (18), a Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares) divulgou nota informando que 70 cláusulas com direitos foram retiradas. A Federação cita alguns exemplos de direitos retirados, como 30% do adicional de risco, vale-alimentação, licença-maternidade de 180 dias, auxílio-creche, indenização por morte e auxílio para filhos com necessidades especiais, além de pagamentos como adicional noturno e horas extras.
A presidente do sindicato em MS alega que o sindicato não está pedindo privilégios. “Não temos privilégios, não somos funcionários públicos. Somos ecetistas, o que temos é garantias em acordo coletivo, o que categorias também têm. São direitos que foram garantidos”, alega.
Elaine ainda afirma que foram os Correios que levaram os trabalhadores à greve, já que negaram diálogo. “A gente tripudia os Correios levarem os trabalhadores para greve em meio à pandemia. Estamos com os trabalhadores, não aceitamos retirar direitos”.
Fonte:MM