Pelo menos 23 aviões usados foram apreendidos nesta quinta-feira (6) na Operação Cavok, deflagrada pela Polícia Federal para desarticular a estrutura financeira das quadrilhas de traficantes de drogas presentes na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai.
Os mandados de prisão, de busca e apreensão e de confisco de bens, entre os quais fazendas na fronteira, foram expedidos pela 1ª Vara Federal em Ponta Porã, e base das quadrilhas do narcotráfico.
Segundo a Superintendência da Polícia Federal, são pelo menos 110 policiais federais envolvidos na operação, que tem apoio do Saeg (Serviço Aéreo do Estado de Goiás), da Polícia Militar de Goiá e da Deco (Delegacia de Combate ao Crime Organizado), da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul.
Estão sendo cumpridos 21 mandados de busca e apreensão. Conforme a PF, também foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva – um em Goiânia e outro em Ponta Porã, onde ainda foi efetuada prisão em flagrante por posse de arma.
Os mandados expedidos pela 1ª Vara Federal englobam ainda o sequestro de 23 aeronaves de pequeno porte, utilizadas pelo grupo para transporte de drogas produzidas em países vizinhos. Também foram confiscados três imóveis rurais e um apartamento de luxo, todos localizados em Goiás e avaliados em pelo menos 40 milhões de reais.
Veja o vídeo de uma das fazendas sequestradas pela Justiça, localizada em Goiás:
Segundo a PF, durante as investigações, no dia 24 de novembro do ano passado, a Nacional do Paraguai interceptou na região conhecida como Fortuna Guazú, a 45 km de Pedro Juan Caballero, uma aeronave transportando 130 kg de cocaína. O piloto conseguiu fugir.
O Centro Integrado de Operações de Fronteira de Foz do Iguaçu (PR), Receita Federal do Brasil, por meio do Núcleo de Pesquisa e Investigação de Campo Grande, e Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), além da Polícia Nacional Paraguaia e do Ministério Público paraguaio, apoiam as investigações.
Segundo a PF, a sigla Cavok (Ceiling and Visibility OK) é utilizada no meio aeronáutico para definir boas condições de voo. Os investigados poderão ser indiciados por organização criminosa, tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico e falsidade ideológica. As penas somadas podem superar os 40 anos de reclusão.
Fonte:CGN