O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), afirmou que o lockdown não será medida eficiente se as 34 cidades que mandam pacientes para Capital continuarem ‘abertas’. Programa do Governo de Mato Grosso do Sul, divulgado na semana passada, indica o fechamento total de atividades consideradas não essenciais, como forma de frear o avanço do coronavírus.
“Eu sou totalmente contrário”, disse o chefe do Executivo municipal, ao citar taxa de ocupação de leitos em Campo Grande, ativação de mais unidades e a esperança que a população cumpra o atual decreto – que restringe número de pessoas nos comércios, de segunda à sexta-feira, e proibição de atendimento ao público de atividades consideradas não essenciais nos fins de semana, até 31 de julho.
Outra situação que tornaria o lockdown ineficiente, afirma, é que 34 cidades próximas trazem pacientes com a doença para tratamento na Capital, por ter mais estrutura hospitalar. “O governo manda fechar Campo Grande, mas vai deixar Rochedo, São Gabriel, Sidrolândia, abertas?”.
Só ontem, afirma, vieram 5 pessoas do interior precisando de atendimento. “O índice de isolamento está tendo mais aceitação, está recuperando. Eu acredito que a população vai nos ajudar, como foi com a máscara”.
Ainda segundo o prefeito, a taxa de ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) varia entre 81% e 86%, desde 16 de julho. Nesta quarta-feira, Campo Grande tem uso de 83% das unidades destinadas a pacientes com quadro grave.
São 260 Unidades de Terapia Intensiva no total e, até 31 de julho, “com a promessa da secretaria de Estado, chegaremos a 288”. Até o boletim de terça-feira, a Capital tem 78 mortes e 7031 casos da doença.