O incêndio na Serra do Amolar, reserva ambiental do Pantanal de Corumbá, completa 10 dias nesta terça-feira (7). O monitoramento do IHP (Instituto Homem Pantaneiro) indica que a velocidade de propagação do fogo é de 42 hectares por hora.
As chuvas previstas ainda não amenizaram o cenário nesta manhã. Atualmente, há risco de avanço das chamas para a Comunidade Amolar, onde moram cerca de 10 famílias. O monitoramento indica que o incêndio segue em direção à Bolívia (oeste) e à comunidade (sul).
O ponto de ignição ocorreu no topo de uma morraria, entre a RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) Acurizal e a Bolívia. Dados do Painel do Fogo apontam que a área atingida era de 12.802 hectares até o último domingo (5), com um pico de 194 focos de calor detectados em um único dia. No início, a área de influência era de 199 hectares.
O incêndio teve início em 28 de setembro, após ser detectado pelo sistema Pantera. A suspeita é que um raio tenha causado as chamas. Desde então, brigadistas seguem em combate na área, que é de difícil acesso.
Combate
Além da Brigada Alto Pantanal, atuam no local brigadistas do Prevfogo/Ibama, incluindo a equipe da Brigada Uberaba Guató. O combate conta com o apoio de um helicóptero do Prevfogo e dois aviões da Defesa Civil Estadual. Por conta da evolução do incêndio, a equipe deve ser reforçada para um total de 30 brigadistas. Atualmente, 20 estão empenhados na operação.
O analista ambiental e médico-veterinário do IHP, Luka Moraes, está a caminho da região para auxiliar no possível atendimento emergencial a animais atingidos pelas chamas.
Paralelamente, a Prefeitura de Corumbá decretou estado de emergência por 90 dias devido à intensificação dos incêndios florestais no município. O decreto foi motivado pelo cenário climático extremo: mais de 35 dias sem chuvas significativas, altas temperaturas, ventos fortes e grande acúmulo de vegetação seca.
Doações
O instituto está arrecadando doações para auxiliar no combate ao fogo. Os itens necessários são:
- Combustível: Diesel para o gerador (essencial para energia e produção de gelo) e gasolina para deslocamentos. O consumo diário estimado é de 80L de gasolina e 60L de diesel, totalizando 140 litros/dia.
- Máquina de gelo.
- Marmitas e garrafas térmicas.
- Galões de água (20 litros).
- Colchões adicionais para acomodar mais brigadistas.
- EPI (Equipamentos de Proteção Individual).
- Qualquer valor pode ser doado via PIX para a chave: contato@brigadaaltopantanal.org.br
Uma publicação compartilhada por Instituto Homem Pantaneiro (@ihp_pantanal_)
Fonte:MM