Incêndio na Serra da Bodoquena é contido e restam apenas pequenos focos

O incêndio que atingiu a vegetação nativa no entorno do Parque Nacional da Serra da Bodoquena, foi controlado na noite de ontem (16) por bombeiros e brigadistas do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).

O fogo, que começou na última sexta-feira (12) após uma queima irregular de folhas em uma propriedade particular da Colônia Canaã, chegou a avançar sobre áreas rurais e ameaçar atrativos turísticos da região.

Nesta quarta-feira (17), a situação já é considerada tranquila. Segundo Rafael Ramalho, gerente da Pousada Refúgio Canaã, o foco principal foi totalmente contido, restando apenas pequenas chamas em pontos isolados do morro. “Acredito que esse fogo que ainda aparece seja apenas em algum toco. É bem pouco perto do que já foi combatido”, disse em entrevista ao Campo Grande News.

Ramalho contou que esteve no local ontem e recebeu novos registros em vídeo nesta manhã, enviados por um funcionário da pousada. Ele destacou o trabalho rápido das equipes que conseguiram evitar maiores danos à área de conservação.

O Corpo de Bombeiros confirmou à reportagem que, no momento, a região está sem foco de incêndio, mas garantiu que as equipes permanecem no local fazendo o monitoramento das áreas.

Incêndio criminoso — Segundo o registro, a moradora, uma idosa de 67 anos, relatou à Polícia Militar Ambiental que, após realizar a limpeza do terreno no dia 12, decidiu queimar folhagem, mas as chamas se alastraram rapidamente devido ao vento forte, atravessaram a estrada de acesso e invadiram uma área agropastoril, consumindo a vegetação ao redor. A informação ainda é preliminar e será confirmada após perícia.

Ao todo, foram quase cinco dias de combate envolvendo brigadistas federais, bombeiros militares e equipes ambientais para conter um incêndio que, de acordo com o boletim de ocorrência, pode ter sido provocado por uma queima irregular de resíduos em propriedade privada. Nesta terça-feira, a equipe de bombeiros enviada de Bonito para a região informou que os focos de incêndio foram oficialmente extintos.

Durante os últimos dias, moradores relataram sintomas como dor de cabeça e tontura causados pela fumaça pesada. Proprietários de pousadas e reservas particulares contaram que, mesmo à noite, quando as temperaturas caíam, os focos permaneciam ativos, colocando em risco casas e atrativos turísticos.

Capivara? – Na segunda-feira, havia sido levantada a hipótese de que o incêndio teria começado com fogo ateado para incinerar uma capivara morta encontrada à beira da estrada. A nova versão, registrada no boletim de ocorrência, indica a queima de folhas secas em propriedade particular como possível causa.

Crime ambiental — Provocar incêndio em mata ou floresta é crime ambiental, previsto no artigo 41 da Lei nº 9.605/1998 (Lei de Crimes Ambientais). A pena estabelecida é de reclusão de dois a quatro anos, além de multa, podendo ser aumentada caso o fogo cause danos significativos ou atinja unidades de conservação.

Fonte:Campo Grande news

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