Cientistas criam tecnologia que pode ser a maior descoberta de todos os tempos

O desenvolvimento de motores de plasma ganhou novo fôlego após o anúncio de um protótipo apresentado por uma corporação estatal russa, tecnologia que promete revolucionar as viagens interplanetárias já a partir de 2025. O equipamento, segundo seus criadores, poderá reduzir drasticamente o tempo de viagem até Marte, de vários meses para 30 a 60 dias.

O protótipo foi apresentado pela Rosatom em 7 de fevereiro e reacendeu o debate sobre o futuro da propulsão espacial.

O que é o motor de plasma

Chamado informalmente de motor de plasma para Marteo sistema é um tipo de propulsão elétrica que gera empuxo contínuo por longos períodos. Diferente dos motores químicos tradicionais, que queimam grandes quantidades de combustível em poucos minutos, o motor de plasma ioniza um gás, normalmente xenônio, e o expulsa em altíssima velocidade.

A vantagem está na eficiência, a velocidade de exaustão é maior, o consumo de propelente é menor e a nave pode manter aceleração gradual por semanas, atingindo velocidades muito superiores às permitidas pela propulsão convencional.

Como funciona

A tecnologia opera a partir de três pilares principais:

  • Fonte de energia de alta potência: reatores nucleares espaciais ou grandes painéis solares.
  • Unidade de ionização: que transforma o gás neutro em plasma.
  • Acelerador eletromagnético: responsável por impulsionar os íons para fora do motor.

O resultado é um empuxo pequeno, porém constante, exatamente o que permite ganhos de velocidade ao longo de meses no espaço profundo.

Benefícios para a exploração de Marte

Caso confirmada em testes orbitais, a nova propulsão poderá alterar completamente o planejamento de viagens interplanetárias. Entre os principais ganhos:

  • Redução do tempo de viagem, diminuindo exposição à radiação e microgravidade.
  • Menor necessidade de combustível, liberando espaço para carga útil, mantimentos e equipamentos científicos.
  • Possibilidade de criar rebocadores espaciais, capazes de transportar estruturas e módulos entre órbitas e planetas.

Especialistas ressaltam que tempos mais curtos de deslocamento tornam mais viável uma missão tripulada a Marte, um dos maiores desafios da engenharia aeroespacial.

Desafios ainda em aberto

Apesar do otimismo, a tecnologia enfrenta obstáculos relevantes:

  • geração de energia em grande escala no espaço, especialmente com reatores nucleares;
  • durabilidade dos componentes expostos à erosão provocada pelo plasma;
  • necessidade de câmaras de teste maiores em solo;
  • confiabilidade em missões prolongadas;
  • custos elevados para produção em série.

“É promissor, mas ainda não está pronto”, avaliam engenheiros do setor.

Próximos passos

O caminho até a aplicação em viagens com astronautas envolve várias etapas intermediárias:

  1. Testes prolongados em órbita terrestre.
  2. Missões não tripuladas de longa duração.
  3. Integração do motor de plasma com módulos habitáveis.
  4. Definição de protocolos de segurança para uso de energia nuclear no espaço.

Se bem-sucedido, o sistema pode representar uma das transformações mais significativas da história da exploração espacial, e aproximar a humanidade do sonho de chegar a Marte.

Fonte:TNH1

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