Jacques já havia liderado a semifinal da prova. Fez o seu melhor tempo na temporada até então, saindo na frente na sua bateria com 4min03s22. Agripino terminou sua bateria também na primeira colocação — mas a corrida de 4min10s10 o deixou em quarto no geral, atrás do etíope Yitayal Silesh Yigzaw, vice-campeão na final, e do japonês Kenya Karasawa, que ficou fora do pódio.
Campeão dos Jogos Paralímpicos de 2021, Yeltsin Jacques já era dono dos recordes mundial e paralímpico — ambos estabelecidos em Tóquio. Além dele, ninguém mais conseguiu superar os 3min57s60 feitos na última edição dos Jogos, provando a dominância do brasileiro na classe.
Na T11, o atleta coleciona conquistas: venceu a prova dos 5000m no Mundial de 2024, em Kobe, e angariou um ouro nos 1500m e um bronze nos 5000m no Mundial de 2023. Ele é também o atual campeão pan-americano dos 5000m.
Saiba mais sobre Yeltsin
Yeltsin nasceu em Campo Grande em 21 de setembro de 1991 e começou a praticar corrida aos dezesseis anos em sua cidade-natal, Campo Grande.
No Mundial da França em 2013, conquistou medalha de prat.a nos 1 500 metros e de bronze nos 800 metros. Já nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto em 2015, foi medalhista de ouro nas provas dos 1 500 e 5 000 metros. Nos Jogos Parapan-Americanos de Lima em 2019, levou a medalha dourada na prova dos 1 500 metros e a de bronze nos 5 000 metros.
Ele ainda participou dos Jogos Paralímpicos de Verão de 2020 em Tóquio, onde, após prova com ultrapassagem na última curva, conquistou a medalha de ouro ao se consagrar campeão na corrida de 5 000 metros na classe T11, estabelecendo novo recorde continental (15min13s76), ganhando sua primeira medalha nos Jogos Paralímpicos e a primeira do Brasil no Atletismo em Tóquio 2020. No Japão, Yeltsin Jacques conquistou sua segunda medalha de ouro e ajudou o Brasil a chegar à marca de 100 (cem) medalhas de ouro na história dos Jogos Paralímpicos, ainda quebrando o recorde mundial dos 1 500 metros da classe T11, marcando 3 minutos, 56 segundos e 60 centésimos.
Fonte: Estadão