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Sustentabilidade e bem-estar são temas da Semana de Museus

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A Semana Nacional de Museus chega, neste ano, a sua 21ª edição, destacando o tema “Museus, Sustentabilidade e Bem-Estar” como uma forma de reconhecimento e também de estímulo ao avanço de uma agenda dedicada à sustentabilidade.

Uma palestra da pesquisadora Karine Lima da Costa, realizada na tarde de ontem, no auditório do Museu de Arqueologia (MuArq) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), marcou a abertura da semana no Estado.

Historiadora e museóloga, Karine abordou em sua fala o tema “Repatriação e Restituição de Bens Culturais”. O MuArq funciona no primeiro andar do prédio do Memorial da Cultura Apolônio de Carvalho (antigo Fórum), localizado na Av. Fernando Corrêa da Costa, nº 559, Centro.

Os eventos dedicados à semana ocorrerão nos museus da rede pública estadual até o dia 21, com ampla programação presencial e virtual. Serão palestras, oficinas, formações, exposições e mostras culturais.
A programação completa pode ser conferida no site da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), entidade responsável pela organização da semana no Estado.

O TEMA

Feita anualmente pelo Conselho Internacional de Museus (Icom) em vista das celebrações do Dia Internacional dos Museus, nesta quinta-feira, a escolha para este ano visa destacar a importância de museus e espaços que promovam o bem-estar e a sustentabilidade, além de apoiar três dos Objetivos de

Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU): saúde e bem-estar global, ação climática e vida na Terra.

O tema “Museus, Sustentabilidade e Bem-Estar”, conforme o comunicado da FCMS, faz um lembrete a toda a população de que os museus podem contribuir para o bem-estar das pessoas de muitas maneiras, como, por exemplo, pela promoção da saúde mental, da educação e da sensibilização ambiental.

COISA DE MUSEU

Esses espaços culturais ajudam a promover a inclusão social, a diversidade, a conexão com a natureza, a compreensão da questão climática e a amplificação da voz dos povos originários, tornando-se, assim, importantes aliados na luta pela sustentabilidade a partir da sua própria concepção de “bem viver”.

Independentemente do acervo ou perfil de cada museu, essas instituições contribuem ainda – ou, ao menos, deveriam contribuir – com a sustentabilidade, ao buscarem garantir que as edificações nas quais estão instaladas e seus processos de trabalho sejam eficientes em termos de energia e recursos. Para tanto, é preciso que promovam práticas de conservação e preservação dos recursos naturais e culturais.

Os museus também proporcionam, de modo mais específico, bastante visível nos tempos recentes, desde 2020, benefícios ao bem-estar emocional, ao fornecerem espaços de lazer e aprendizado onde as pessoas podem se conectar com a história, a cultura e a arte, sem perder de vista a dimensão do entretenimento.

PANDEMIA

Durante a pandemia de Covid-19, a produção cultural se mostrou essencial para a manutenção da saúde mental.

Museus e galerias de arte, que não eram locais tradicionalmente considerados ferramentas de saúde pública, adaptaram-se para manter contato com o público e promover a interação virtualmente, ajudando a reduzir o impacto do isolamento social, tanto nas subjetividades individuais quanto nos diversos níveis de coletividade.

Em alguns países, o amplo papel dos museus vem sendo usado como terapia por meio de atividades culturais em grupo para pessoas com depressão, licença médica ou desemprego. Na presencialidade, muitos museus abriram-se extraordinariamente para defender a vida, sendo pontos de vacinação à comunidade, promovendo o bem-estar social.

“Nesta 21ª edição da Semana Nacional de Museus, vamos ressaltar o papel fundamental desses espaços na contribuição para o bem-estar e o desenvolvimento sustentável das comunidades, pois possuem papel fundamental como locais que promovem a consciência, fortalecendo as identidades e a participação cidadã”, afirma Melly Sena, gerente de Patrimônio Cultural da FCMS.

CIRCUITO

A programação estadual da semana prevê ações na Capital e nos municípios de Bataguassu, Bonito, Corumbá, Costa Rica e Maracaju.

Além do Museu de Arte Contemporânea (Marco) e do Museu da Imagem e do Som (MIS), está confirmada a participação das seguintes instituições campo-grandenses: MuArq, Museu das Culturas Dom Bosco, Casa da Ciência e Cultura de Campo Grande, Rede de Educadores em Museus de MS, Arquivo Público Estadual de MS, Museu José Antônio Pereira e ATRIVM/UFMS.

Ainda, o Museu Interativo Nelson Silva Soares (Costa Rica), a Casa Dr. Gabi – Espaço de Memória (Corumbá), o Instituto Homem Pantaneiro (Corumbá), o Museu Municipal Helena Meirelles (Bataguassu), a Casa da Memória Raída (Bonito) e o Museu de Tecnologia Regional Anna Thereza de Lima Alves (Maracaju) são as instituições de cidades do interior do Estado que integram a 21ª Semana Nacional de Museus.

 

Fonte:CE

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