Enquanto as primeiras gotas de chuva caíam do céu, Wellington e Maria Carolina não se importaram em manter a pose e o sorriso.
Em pleno paraíso sul-mato-grossense, o casal topou a ideia de registrar o noivado nas águas cristalinas, independentemente das adversidades, seguindo uma tendência cada vez mais popular, segundo a fotógrafa Eveline Cássia Larrea Rocha, 29 anos.
“A cidade [de Bonito] oferece muitas possibilidades, ela tem uma estrutura ótima para fazer o cliente se sentir acolhido, desde a hospedagem até a gastronomia, e, agora, com os ensaios na natureza”, afirma Eveline.
Ao lado do parceiro, Diego Cardoso dos Santos, 30 anos, Eveline registra diversos momentos, de aniversário a ensaio pessoal, tudo em meio ao cenário que mais parece uma pintura.
“As pessoas se encantam pelas fotos que encontram no Instagram e outras redes e ficam desejando ter também uma foto como aquela, com uma cachoeira ao fundo, um rio cristalino ou cheio de peixinhos”, disse.
“No caso, atendemos desde clientes para ensaio de 15 anos até famílias, porém, nosso maior público são casais e gestantes. Há solteiros que normalmente viajam sozinhos e querem aquele ‘amigo/fotógrafo’ para garantir as fotos”, ri Eveline.
A fotografia entrou na família primeiro pelo Diego, que atua na profissão há 10 anos. “O Diego fotografa há muito tempo, já tem uns 10 anos, e ele se encantou desde o início pela fotografia de natureza. Ele fazia birdwatching – observação de pássaros –, essa foi a primeira paixão dele.
Quando a gente se conheceu, começou a demanda de ensaios de turistas, mas há quatro anos era bem menor a busca, bem esporádica, então a gente tinha outros empregos e fazia aos fins de semana”, relembra.
Na época, Eveline acompanhava Diego como produtora, para direcionar os clientes, e com o tempo também começou a se apaixonar pelo ofício.
“Há dois anos, ele estava bem envolvido na empresa de segurança eletrônica. Estavam surgindo esses pequenos ensaios de forma esporádica, que ele não estava conseguindo aceitar”, relata.
“Pensei que eu deveria tomar coragem e assumir as críticas, tirar a vergonha de cena e fazer o que eu acho lindo, que é a fotografia de pessoas. Foi quando eu comecei, há dois anos. E na pandemia resolvemos entrar de cabeça. Agora, a fotografia paga todas as nossas contas, é o nosso trabalho, a gente vive de fotografia”, pontua.
A ideia de Eveline e Diego é trabalhar com exclusividade, por isso, durante o passeio, os clientes têm prioridade e não precisam posar na frente de outros visitantes.
“Nossos clientes são pessoas que vêm de todas as partes do Brasil e queremos dar a garantia de que vai ter uma estrutura para eles almoçarem, terem água, um suporte de segurança”, diz. Por isso, as fotos ocorrem apenas em atrativos que já têm uma estrutura prévia.
Porém, Eveline diz que nem tudo são flores. Como o casal que abre a matéria, todos os clientes estão sujeitos às questões da natureza, como chuva, calor e trilhas extensas.
“Os principais desafios do ensaio externo são variação de clima, como chuva ou calor forte, e variação de luz, pois nem sempre conseguimos fazer o ensaio no melhor horário, então, já fizemos muitos ensaios com o sol a pino, que não seria o melhor, mas dentro da estrutura dos passeios acontece, já que estamos sujeitos ao horário estipulado por eles também”, explica.
Segundo ela, o cliente precisa estar disposto a essa proposta. “Também temos que nos expor, seja fisicamente, seja com o nosso equipamento. O cliente precisa entender toda essa dinâmica”, afirma.
De todas as fotos que o casal já fez, várias são especiais, como a do casal na chuva. “Tem uma foto que é nosso xodó, uma foto que fizemos no atrativo Boca da Onça. É uma que a cliente está com um vestido amarelo e com um chapéu na mão, ficou parecendo uma pintura”, acredita.
Serviço – para saber mais, acesse @fotografandobonito.
Fonte:CE
