Estudo desenvolvido pela parceria entre o Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio/MS, Procon e Sindivarejo de Campo Grande, aponta como o comércio eletrônico de Campo Grande tem se comportado durante a pandemia da COVID-19.
De acordo com o levantamento, que levou em consideração a aplicação de questionários, sondagens e dados secundários, 48% das pessoas aumentaram ou passaram a comprar pela internet; 13% aumentaram ou passaram a comprar de lojas físicas à distância e 33% aumentaram ou passaram a comprar refeições prontas pelo sistema de delivery.
“Analisando o período de março a agosto, percebemos que no primeiro mês, quando foram adotadas medidas restritivas de fechamento do comércio, houve maior prevalência de compras e vendas de forma remota e, embora a partir de julho os consumidores tenham voltado às lojas físicas, as empresas praticamente mantiveram o índice de vendas pela internet”, diz a economista do IPF-MS. Daniela Dias.
“A parceria realizada com a Fecomércio e o Sindivarejo Campo Grande foi de fundamental importância para nós, enquanto órgão de defesa do consumidor, porque passamos a entender o comportamento atual dos consumidores, deste modo, nós podemos traçar estratégias para conscientização, não só para os consumidores, mas também para os prestadores de serviços e fornecedores que agora passam a atuar no comércio eletrônico. Esse projeto, sem dúvida alguma, promove a proteção aos nossos consumidores”, diz o subsecretário do Procon Campo Grande Vinícius Alves Corrêa.
Sobre os setores mais afetados, destacam-se os de alimentação, como restaurantes, lanchonetes e bares, dos quais 63% dos abordados afirmaram ter reduzido o consumo ou parado de consumir. Depois, vieram as viagens (60%), entretenimento (54%), roupas, calçados e acessórios, (49%), estética e beleza (43%).
As compras presenciais ficaram concentradas em itens essenciais, como alimentos, produtos de higiene e remédios (44%). Quanto aos consumidores que estão se abstendo de compras, as razões se voltaram, principalmente, a evitar gastos (31%), falta de renda (5%) e por não haver necessidade (25%). Quanto aos produtos mais consumidos nas compras virtuais, destacaram-se roupas, calçados, cursos e refeições prontas.
Outro ponto explorado pela pesquisa, foram as dificuldades encontradas pelos clientes e empresários para as compras/vendas. “É importante entender e pacificar os pontos de entrave entre consumidor e empresário. Nas compras, a principal dificuldade sinalizada foi o atendimento (17%) e os lojistas apresentaram dúvidas que vão desde os direitos dos consumidores, à implementação de estratégias e do marketing digital, diante da necessidade de estarem mais presentes no ambiente virtual e de se adequarem a este novo cenário que muitos intitulam como ‘o novo normal’ “, finaliza Daniela Dias.
Isso, especialmente, porque os hábitos devem permanecer, muitos consumidores revelaram que continuarão comprando pela internet ou à distância após a pandemia, bem como pedindo refeições prontas.
Confira o estudo na íntegra: Comércio eletrônico