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Em reunião com SES, maioria dos prefeitos de MS pede lockdown ‘só em último caso’

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Em reunião com representantes da SES (Secretaria de Estado de Saúde), na manhã desta segunda-feira (08), prefeitos de municípios do interior de Mato Grosso do Sul admitiram a possibilidade de lockdown para conter a pandemia ‘só em último caso’.

Eles defendem a adoção de medidas restritivas, mas classificam a orientação para novo fechamento como ‘muito forte’ e até ‘drástica’.

As opiniões foram dadas durante o evento que ocorre na sede da Assomasul (Associação de Municípios de MS), e conta com a presença do infectologista Juliano Croda.

A medida para bloqueio total de serviços não essencial vem sendo levantada pela SES diante da piora na pandemia, com aumento no número de casos e na taxa de internação.

“Lockdown seria apenas último caso”, afirmou o prefeito de Japorã, Paulo Franjotti (PR). Segundo ele, a administração tomou medidas restritivas para o comércio, decisão tomada por comitê de enfrentamento à doença.

Medidas restritivas

Japorã também segue com toque de recolher até às 22h. Essa última medida foi determinada pelo Governo do Estado. De acordo com o prefeito, houve sobra de vacina na cidade porque nem todos os indígenas quiseram ser imunizados.

O excedente foi então usado na população idosa e pessoas de 59 anos já estão sendo vacinadas.

Em Bela Vista, o prefeito Reinaldo Piti (PSDB) afirmou que todas as providências estão sendo tomadas na cidade. Mas, classificou a orientação de fechamento do comércio como muito forte e disse ser contrário.

Também afirmou que a opção pelo fechamento ‘só em último caso’. Ele declarou ainda não apostar na vantagem de compra de vacina por meio de consórcio entre as prefeituras, devido à dificuldade no fornecimento.

Seguindo o Governo

Em reunião com SES, maioria dos prefeitos de MS pede lockdown 'só em último caso'
Evento na Assomasul. (Foto: Guilherme Cavalcante /Midiamax)

Juliano Ferro (DEM), prefeito de Ivinhema, disse que a estratégia da prefeitura é baixar os números da pandemia, ‘antes de algo mais drástico’.

“Fechamento seria o último caso, mas se for necessária, faremos. Vamos seguir o Governo”, disse. O Governo do Estado, contudo, passou justamente às prefeituras a responsabilidade pelo aumento de restrições para conter a pandemia.

Em Bonito, mesmo oscilando entre o laranja e o vermelho no Prosseguir – programa de segurança que monitora o avanço da Covid-19 no Estado – o prefeito descarta a possibilidade de lockdown.

Determinamos a biossegurança, foi bem implementada. Mas vamos aumentar a austeridade nas punições. Quem violar as disposições do decreto vai ter alvará cassado por 90 dias. Também vamos apertar o horário do toque [de recolher]. Mas não vai ter lockdown”, finalizou o prefeito Josmail Rodrigues (PSB). 

UTIs

O número de internados por coronavírus não para de crescer e Mato Grosso do Sul bate mais um recorde da pandemia nesta segunda-feira (8). Com 724 pacientes internados, MS atingiu o maior número de leitos ocupados por pacientes com Covid-19 desde o início da pandemia. A taxa de ocupação de leitos chega a 100% em regiões do Estado.

A informação foi divulgada pela secretária adjunta da SES (Secretaria de Estado de Saúde) Crhistinne Maymone durante reunião nesta segunda (8) com prefeitos na Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul). A reunião tem como objetivo discutir quais medidas devem ser tomadas no Estado, diante do avanço do coronavírus.

Ainda segundo Maymone, a taxa de ocupação de leitos nas macrorregiões de Campo Grande e Dourados chega a 100%. A secretária adjunta ressalta que em uma semana, houve avanço da doença em todo o Estado. Só para se ter uma ideia, na última segunda-feira (1), MS tinha 611 pacientes internados, ou seja, em uma semana o Estado teve 113 internados a mais.

 

Fonte:MM

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